Muito falou-se sobre a COVID-19 nos últimos anos. Agora uma nova doença surge como preocupação no mundo: a varíola dos macacos.
O vírus da varíola dos macacos é uma doença decorrente do Monkeypox, que é um ortopoxvírus pertencente à família Poxviridae, bastante similar ao vírus da varíola comum.
Ainda há muitas pessoas que pensam que os macacos são uma ameaça para a propagação do vírus, o que fez com que fosse necessário realizar uma mudança de nomenclatura para essa doença.
Continue lendo este conteúdo para entender mais sobre esse vírus!
Mudanças na nomenclatura da doença
O nome dessa doença vem da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês por volta de 1958. Porém, a reserva animal ainda é desconhecida, apesar de ser provável que seja um dos predadores, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A varíola do macaco é uma doença que provém de um vírus que foi descoberto e nomeado pela primeira vez no século anterior e não tem nada a ver com os macacos.
Na realidade, ela foi a primeira espécie a ser descoberta entre os macacos e, como resultado, ficou conhecida como a “varíola dos macacos” na comunidade científica.
Cientistas da área argumentam que, como o surto atual não tem nada a ver com primatas, a doença só deve ser chamada de “monkeypox” no Brasil para evitar estigma e preconceito contra aqueles que a contraíram, bem como casos de maus tratos aos animais.
O termo “monkeypox” também é usado na Classificação Internacional de Doenças (CID). Todas essas ações visam evitar que as pessoas se desviem de suas ações vigilantes e crueldade com os macacos.
Quais são os sintomas da Varíola dos Macacos?
Os sintomas típicos incluem:
- Fortes dores de cabeça;
- Febre;
- Dores musculares;
- Inchaço dos gânglios linfáticos;
- Fraqueza;
- Erupção;
- Lesões cutâneas.
Uma erupção cutânea (exantema) normalmente começa entre um e três dias depois do início de febre.
As lesões costumam ser planas ou um pouco elevadas, contendo líquido claro ou âmbar e, podem depois, evoluir para crostas, ressecamento e queda. A quantidade de lesões em uma pessoa tende a variar de poucas a muitas.
O rosto, as palmas das mãos e as solas dos pés são os locais típicos de erupção cutânea. Mas, também é possível que se desenvolvam na boca, genitália e olhos.
Os sintomas geralmente duram entre duas e quatro semanas antes de sumirem, sem o tratamento. Caso você suspeite que está apresentando sintomas que podem ser causados pelo monkeypox, procure a ajuda de um médico.
Não se esqueça de avisar se você teve contato com uma pessoa que confirmou ou suspeitou que também teve a doença.
Como é a transmissão?
Essa doença se espalha enquanto as pessoas estiverem com os sintomas (geralmente entre duas e quatro semanas). É possível contrair a doença por meio do contato físico com uma pessoa com o vírus.
A erupção cutânea (exantema), fluidos corporais (como pus ou sangue de lesões cutâneas) e crostas são os principais agentes infecciosos. Outras pessoas podem ser infectadas pelo vírus pelo contato com roupas, toalhas de banho, roupas de cama ou utensílios de uma pessoa contaminada.
É possível que a doença se espalhe por meio de feridas, lesões ou lesões na boca, podendo ser um indício de que o vírus tem potencial de se espalhar pela saliva.
Com isso, a transmissão pode acontecer durante o contato pessoal próximo com alguém infectado através de apertos de mão, abraços ou até mesmo beijos. Um contato próximo com as gotículas respiratórias também pode servir como via de transmissão.
Falar, espirrar ou tossir, por exemplo, ainda precisam ser mais bem estudados. Além disso, é possível transmitir o vírus da mãe para o feto através da placenta ou de um pai infectado para o filho recém-nascido por meio do contato com a pele.
Ainda não se sabe se aqueles que não têm sintoma ainda podem transmitir o vírus. Mas, para entender melhor, os especialistas da CDPH fizeram uma divisão das atividades por risco de transmissão para servir de alerta e acalmar as pessoas, confira logo abaixo.
Maior risco
- Contato sexual íntimo (vale notar que o preservativo não previne a transmissão do vírus);
- Contato direto com lesões de pele, crostas e fluidos corporais.
Risco aumentado
- Dançar em uma festa em local fechado com pessoas que não estão totalmente vestidas;
- Beijar;
- Ficar abraçados ou trocar carícias.
Risco intermediário
- Dançar em uma festa em local fechado com pessoas totalmente vestidas.
- Compartilhar com outras pessoas itens como bebidas, talheres e utensílios; cama, toalhas e objetos de higiene pessoal.
E risco baixo (improvável)
- Local de trabalho;
- Ir ao bar, academia ou supermercado.
- Dançar em uma festa em local externo com pessoas totalmente vestidas;
- Banhar-se ou nadar em piscinas, rios, banheiras, cachoeiras e mar;
- Experimentar roupas em uma loja;
- Viajar de ônibus ou avião;
- Tocar em maçanetas;
- Usar banheiro público;
- Andar de transporte público.
Especialistas também enfatizaram que é improvável que o vírus se espalhe pelo contato com maçanetas ou roupas usadas em provadores de lojas, mesmo que não seja aconselhável compartilhar roupas de cama e toalhas de banho com alguém infectado.
Explicação simples: o vírus morre facilmente quando em contato com substâncias inertes e a luz solar e não dura muito tempo fora de um hospedeiro humano.
Quem tem mais chances de contrair a doença?
Qualquer um que tiver contato físico com uma pessoa que esteja apresentando sintomas do vírus corre o risco de contrai-la. Recém-nascidos, crianças, pessoas que já apresentam imunodepressão pré-existente têm mais chances de desenvolver sintomas mais sérios.
Os profissionais que atuam no setor de saúde também estão em maior risco por causa da exposição as pessoas infectadas.
Como prevenir a monkeypox?
- Evitar contato íntimo e ou sexual com alguém que apresente lesões na pele;
- Usar máscara em público para a proteção de gotículas e saliva;
- Higienizar as mãos com frequência;
- Evitar beijar, abraçar, ou fazer sexo com alguém com Monkeypox;
- Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais e brinquedos sexuais.
É crucial notar que o uso de um preservativo não garante a prevenção contra a doença, pois o contato próximo e a troca de fluidos corporais durante um encontro sexual oferecem inúmeras oportunidades para a propagação do vírus.
Conclusão
Em suma, a monkeypox não tem nada a ver com os macacos e é importante enfatizar isso para que não haja mais maus tratos e discriminações com os animais. Não deixe de compartilhar este conteúdo com os seus amigos para que eles também saibam sobre e como a doença é disseminada!